sábado, 1 de outubro de 2011

289 eu e ainda 1110

TEATRO

A triste lei dos anos!
Sou agora o inverso de menino.
Conheço de antemão os desenganos,
Sonho que sonho, penso que imagino.

Arquitecto na areia,
A saber que o castelo vai cair.
Quando a ilusão semeia,
Sinto a desilusão que hei-de sentir.

Comprei com sofrimento a lucidez
De não ser inocente.
E faço dois papéis no entremez:
O do que julga ver, e o do vidente.

Sem comentários:

Enviar um comentário