TEATRO
A triste lei dos anos!
Sou agora o inverso de menino.
Conheço de antemão os desenganos,
Sonho que sonho, penso que imagino.
Arquitecto na areia,
A saber que o castelo vai cair.
Quando a ilusão semeia,
Sinto a desilusão que hei-de sentir.
Comprei com sofrimento a lucidez
De não ser inocente.
E faço dois papéis no entremez:
O do que julga ver, e o do vidente.
Sem comentários:
Enviar um comentário